SOBRE OS RELACIONAMENTOS & O DESTINO
- D'frater SMV

- 10 de nov. de 2022
- 10 min de leitura

Possibilidades, Escolhas e consequências
Autor: D'frater SMV
Não gosto de pensar em destino como algo inevitável e irremediável, mas simplesmente como aquilo que há de vir, de acontecer, o futuro. E, se ninguém sabe como será o amanhã (apenas o Eterno), então, ninguém pode também dizer qual será o seu destino, entretanto, é preciso saber que, certamente tudo que fizermos agora poderá alterar o nosso futuro, o destino.
A partir de agora se você não sabia, fique sabendo, o que você está vivendo agora, não necessariamente era para ser o que talvez você chama de destino, como o que você viverá "amanhã" não está decretado de forma inevitável e irremediável, mas depende tão somente de você e das suas ações, agora.
Penso que precisamos entender o significado de três palavras: possibilidades, escolhas e consequências. Hoje quero compartilhar meu entendimento sobre o assunto, e como sempre tenho dito aqui, esta não é verdade absoluta do tema, apenas o meu entendimento, e pelo que entendo eu vivo. Pense, a vida é sua!!!! Cada cabeça, sua sentença!!
As possibilidades
Possibilidade é a condição do que é possível, do que pode acontecer, então, está claro, que tudo que temos a cada dia, a cada hora, minutos e segundos são possibilidades, porque tudo é possível, tudo pode acontecer e a cada segundo tudo pode mudar.
Tudo que a vida nos apresenta são possibilidades e sobre estas sim, sobre as possibilidades podemos criar as nossas oportunidades, mas pelo amor do Eterno entenda que nem todas as possibilidades são oportunidades, isto porque, a oportunidade tem a ver com uma condição favorável para a realização de algo que de fato nós faça bem, e nem todas possibilidades são favoráveis ou de fato fazem bem a curto, médio ou longo prazo, que dirá para a "vida toda", tem gente que se "lasca todinho" bem aí! Não analisa as possibilidades, nem o preço que irá pagar, cria oportunidades erradas pegando a primeira opção que aparece pela frente. Qual será o resultado?
Outro grande equívoco do "apressado" (que geralmente come cru) é não saber que para cada possibilidade que se transforma em oportunidades devemos analisar qual probabilidade, ou seja, diante do que eu consigo ver (algumas coisas estão na cara) qual seria melhor decisão? Sim, temos que avaliar qual as chances, ter estimativa do quanto pode e do quanto não pode acontecer e dá o que se está querendo e planejando. Racional demais? Pense!
Vou dar um exemplo
Uma pessoa tem diante de si duas possibilidades que a vida lhe apresenta, a possibilidades A e a possibilidade B, não necessariamente as duas são oportunidades, mas ele irá analisar e ver qual delas configura uma oportunidade e, depois disso verá a probabilidade (chances) de dar certo. É bem assim que tem que ser, porque "a cabeça que não pensa, o corpo parece'.
O que posso concluir sobre as possibilidades é que sempre podemos aprender com elas quando nos tornamos capazes de reavaliar e reconhecer que haviam outras possibilidades, e não fomos capazes de perceber, e por isso, cegamente optam pela mais conveniente, por causa do medo, da insegurança, e da fraqueza, da vergonha, do orgulho, ou da falta amor próprio. É neste momento, que descobrimos que ninguém foi culpado pelo que fizemos, nós é que fomos incapazes de fazer a escolha certa.
Sim, é admitindo os nossos erros que paramos de tentar justificar o injustificável, e tentar convencer a nós mesmo que foi por causa disso ou daquilo, destas ou daquelas pessoas, que fizemos determinadas escolhas, e que por isso, o destino se consumou.
Sim é comum ver pessoas tentando se justificar - Porque você fez isso? - Ah eu fiz por causa disso ou desta pessoa… Pare! Admita que você não foi humilde, teve medo ou vergonha e foi fraco(a), e que por isso, se submeteu a continuar no erro, por um tempo, que por decisão sua e não por causa disso ou aquilo, destas ou daquelas pessoas.
E agora? Agora não adianta chorar e tentar "juntar o leite derramado'', contudo, sempre será a hora de você assumir o controle da sua vida, percebendo as novas possibilidades, analisando as próximas oportunidades, e fazendo as escolhas certas, para evitar consequências desnecessária.
Entra agora a segunda fase que terá implicações no seu destino.
As escolhas
Todo nós, em condições psicológicas "normais, determinamos nossas escolhas, o certo ou errado, o melhor e pior, com bases no consciente, mas também, muitas vezes pelo inconscientes, por meio de influências externas e crenças que vamos adquirindo desde a infância, ou seja, a cultura em que estamos inseridos, quer seja ela religiosa, política, econômica e ou social.
Há quem decida as coisas com o coração, outros, com a mente. Sobre isso, já concluí algumas coisas: 1 - Coração pulsa, bate, mas não pensa, então, use mais seu cérebro! 2 - Nunca devemos perder a razão em detrimento dos sentimentos e das emoções; 3 - Há coisas que se ouve com e mente, mas só se escuta com o coração; 4 Há coisas que o coração escuta, mas só a mente com um boa dose de bom senso pode decidir 5 - Preste atenção nos "sinais" (comportamento, fala, nas atitudes) elas falam muito mais! Palavras cascas, mas o som, tom, a entonação, as expressões, são elas que revelam, ouça com o coração, e deixe sua cérebro decidir.
Está claro? O segredo é o equilíbrio! Nem coração nem razão, mas o que de fato faz bem à mente e ao coração, Eu já falei antes, felicidade não é algo que se racionaliza, é algo que se sente, todavia, não porque seu coração quer alguma coisa, que sua mente claramente diz que é ruim, que você vai se permitir viver, isso se chama, inconsequência e irresponsabilidade! Todo mundo já teve seus momentos assim, o importante é aprender com os erros e corrigir o que é preciso. Como? Fazendo as escolhas certa.
Na prática, estou dizendo que você pode até amar uma pessoa de mau-caráter, posto que para amar alguém assim você só precisa decidir e querer . O problema é você decidir que uma pessoa de mau-caráter será o(a) genitor(ra) dos seus filhos(as), simplesmente porque você ama! E pior é você fazer essa escolha quando nem amor há, mas simplesmente por conveniência, de modo que sem amor não há o que justifique a "loucura" que está sendo praticada.
Mas alguns diriam que há gravidez "indesejada", depende, quais cuidados você tomou? Não tomou? Então não tem porque dizer que não foi uma escolha, mas se você tomou e ainda assim aconteceu, então, lamento! Vai repetir a dose? Um erro não é suficiente? Não é melhor agora multiplicar a prevenção? Possibilidades!!! Escolhas!
Entendeu o perigo que é ver que a primeira possibilidade que aparece como a oportunidade "perfeita" para você? como se fosse a única que iria mudar sua vida sem a menor cautela de analisar as chances de dar certo? Esta é a razão porque coração e razão devem andar junto, pois se por um lado se ama com o coração, do outro é com o cérebro que se enxerga o "estrume" que vem pela frente!
Ora, se as escolhas forem bem feitas, difícil se terá o trabalho de consertar um "erro", e isto é destino! Porém, se as escolhas foram mal feitas, saiba que algumas delas serão "para sempre", e isso também é destino! A semelhança entres os dois destinos, é que todos dependerão um dia, do bom senso e da falta de egoísmo. Sim! Péssimos pais por exemplo, não são escolhas dos filhos! Um emprego, um carro, uma casa você troca, os pais, não!
Penso que o maior de todos os exercícios da liberdade que todos nós temos, é o direito de escolher (errado ou certo) e assumir o erro e as implicações de cada escolha feita, isto é maturidade! Penso que apesar dos erros que cometemos, ainda que diante de consequências que jamais conseguiremos mudar, nunca devemos pensar que nosso destino está decretado! Hoje, agora é o tempo de fazer novas escolhas e mudar a rota das nossas vidas. Não seja refém do seu passado.
As consequências
Ela é o resultado natural e provável de um fato ou ação, ou seja se plantamos banana e probabilisticamente não colheremos abacaxi, de modo que, é justamente, pensando nas consequências que somos capazes de prever dentro de determinado limite o que pode acontecer e evitar ou minimizar o efeito das de fatos e ações. Sim, é possível deduzir por meio de raciocínio sistêmico, lógico, com base na mundividência e princípios de cada um, o que pode vir acontecer, mas se te faltar sabedoria para resolver, peça ajuda. Sim, na multidão dos conselhos há sabedoria, principalmente nos conselhos de "mamãe" e de "papai".
Pelo amor do Eterno, não confunda consequência com eventualidade, pois esta sim, é característica do que é eventual, uma ocorrência e ou acontecimento inesperado, incerto. É por causa deste grande equívoco que alguns(mas) "se lascam todinho(a) dizendo: Vou fazer e ver o que vai dá. Oras, se você está/estava vendo que não dá/dava para construir um projeto de vida com determinada pessoa, por que insistir.
É fato que ninguém é perfeito para ninguém, por isso, aqui estou falando de uma pessoa mau caráter, desumano, irresponsável, bruta, violenta, egoísta, malvada que claramente tem como objetivo usar as pessoas enquanto são úteis e depois descartar como lixo! Você quer se relacionar com alguém assim? Pense como será a sua separação e quem será seu(sua) ex. Sim, uma separação pode ser uma eventualidade, mas a consequência de ter um(a) péssimo ex, é resultado de uma escolha.
O que ainda precisa ser dito sobre as consequências é óbvio, elas podem ter efeito para além de nosso umbigo, atingindo pessoas que amamos, nascidas ou que ainda nem nasceram, por isso, um pouquinho de altruísmo, responsabilidade e bom senso não faz mal a ninguém.
É preciso também ressaltar que, quanto ao tempo de duração das consequências, elas podem ser de curto, médio e longo prazo e ou para vida inteira! Ah!! É bem aqui que alguns "se lascam todinhos" e, há outros que por não entenderem a duração das consequências vivem como se a única opção fosse viver lascados a vida inteira sem necessidade, simplesmente porque insistem em viver da mesma forma.
Vou dizer porquê
Ora, se você tomou uma decisão certa, não tem porque se preocupar com as consequências ruins, o resto são eventualidades que podem acontecer na vida de qualquer um, mas se você tomou uma decisão errada você precisa ser capaz de avaliar qual a duração desta consequência de modo a minimizar ao seu sofrimento e as angústias que você sentirá a sua vida.
Vou dar um exemplo:
Agora, imagine alguém que se separou por causa de abusos sexuais, violência física e ou psicológica, agressões verbais, privações, humilhações diversas, traições, mentiras, desconfianças, ciúmes excessivos, e por fim, a rejeição afetiva e até sexual) e por conta de tudo isso, o relação acabou.
Consequência a curto prazo:
A pessoa sofrerá uma série de transtornos em todas as dimensões do seu ser causados pelo tempo de sofrimento e pelo processo de separação. Um luto que pode durar até 2 anos segundo "estimativas" psicológicas com base em estudos recentes (mas havendo traumas, pode durar a vida inteira.
Consequência a médio prazo:
Esta pessoa precisará se reconstruir na ausência de quem a fez sofrer, de modo que, a sua vida se torne completamente independente em todos os sentidos. E, havendo filhos, provavelmente os criarão só ou distante, mas desde cedo deve-se deixar claro para os filhos, as razões da separação à medida que forem capazes de acolher e compreender certas informações, de modo que entendam suas decisões. Não minta ou omita para seus filhos, e depois cobre deles sinceridade.
Consequência a longo prazo:
Pode ser que inicialmente ainda no processo de reconstrução da independência, seja necessário, até a maioridade dos filhos, recorrer à justiça para manutenção da qualidade de vida deles e o direito à convivência, ou seja, quanto menor a idade das crianças, maior o tempo desta consequência.
Consequências para a vida toda:
Esta pessoa será o(a) genitor(a) dos seus filhos! Vivo ou morto! Para sempre na memória deles e na sua! Entretanto se você não souber neutralizar a "presença" desta pessoa (consequência) na sua vida, você certamente terá mais que um(a) ex ou até mesmo um fantasma, você terá um eterno problema que pode levar todas as suas futuras relações ao fim. Vale a pena, você perder novas oportunidades por causa a de algo que te deixou.
Então algumas perguntas precisam ser feitas a respeito das consequências
1 - Quais são os sentimentos que você ainda nutre pelo seu ou sua ex?
É amor, medo, culpa, arrependimento, remosso, ou seja, para você, o que justifica a necessidade do contato e ou a convivência, seja lá como for, com alguém que é razão de seus maiores sofrimentos e dores.
2 - Qual o nível de dependência que você tem dessa pessoa?
É emocional, financeira, social, sexual? E, se não é, porque , mesmo depois do fim, ainda continua cultivando a presença de alguém cuja presença já deveria ter sido consequência a curto, posto que essa pessoa sempre te fez sofrer
3 - Se as questões são de ordem jurídica, por acaso, não existe advogado para representar e justiça para resolver as questões? É preciso ficar no whatsapp, discutindo e resolvendo as coisas com essa pessoa que para ela você já foi considerada um lixo?
Penso que há algo de errado com uma pessoa, que depois de ser torturada, volta a convivência do seu algoz, talvez ela nem saiba mas esteja sofrendo da síndrome de Estocolmo! (Só pode) Você pode até perdoar alguém que violentou seu corpo e sua alma, mas não é obrigado a conviver com essa pessoa e nem manter contato com ela, e nem mesmos os filhos podem ser pretexto para isso. Tem algo de errado com você, quando você insiste em conviver com quem te faz mal.
Ninguém consegue ser feliz se as suas escolhas sempre a fazem voltar para as mesmas condições, para a cama e para a convivência dos que partiram seu coração! Alguém que age assim ainda não entendeu que perdoar é inteligente, mas conviver com os maquinam o mal contra você é "burrice". Isto é o que eu chamo de consequência de necessária.
Experimente conviver com um ser morto e depois de quatro dias me diga qual cheiro que você estará sentido. Oras se a pessoa que te vez mal, não "vive" para você, ou seja que está na sua mente e seu coração, qual a razão de viver ainda manter contato com ela? "Enterre" e elimine da sua vida ou pelo menos, use todos meios possíveis e legais para manter longe a pessoa que te deixou destruída.
Conclusão
Chego ao fim desta reflexão, afirmando que sempre haverão muitas, possibilidades na sua vida, cabe a você analisar e fazer ou não delas as oportunidades que você precisa, sem nunca esquecer de analisar quais as probabilidade delas darem certo.
Pare de se queixar sobre as eventualidades ou de colocar a culpa em alguém ou mesmo fazer de outras pessoas o motivo das suas escolhas. Você é a única pessoa que pode mudar seu destino, o seu amanhã, basta para isso, fazer diferente e não cometer os mesmos erros.
Seu destino e destino das suas relações e ou futuras relações cabe a você. Veja as possibilidades, faça as suas escolhas e assuma as consequências.





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